quinta-feira, 9 de outubro de 2008

É tempo de pequi no Cerrado!!!




O Pequi, árvore da família das cariocáceas (Caryocar brasiliense) é o símbolo máximo da goianidade, embora seja encontrada também nos Estados de Rondônia (ao leste), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (no nordeste), Minas Gerais (norte e oeste), Pará (sudoeste), Tocantins, Maranhão (extremo sul), Piauí (extremo sul), Bahia (oeste) e Distrito de Federal.
Embora seja encontrado em todos esses lugares, é apenas em Goiás que existem todas as espécies, as quais frutificam, no seu conjunto, de setembro a fevereiro. Mas dada a sua extrema importância para a grande maioria dos goianos, ele é conservado tanto em essência quanto em conserva.
Sua história de amor com a culinária goiana começou a séculos, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa (Cidade de Goiás), ainda no início do século XVIII. Entretanto, no rico sul goiano, mais especificamente na região que cerca a cidade industrial de Catalão, era este utilizado tão somente para a fabricação do lendário Sabão de Pequi, de reconhecidas propriedades terapêuticas, uma vez que a região era influenciada pelos triangulinos - povo de origem paulista-goiana cujo território foi anexado por Minas Gerais no século XIX, e que luta desde então pela sua independência deste Estado.
Atualmente é a fruta utilizada das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes das mais variadas, no leite, e na forma de um dos mais afamados liquores de Goiás, ao lado do saborosíssimo liquor de Jenipapo; seu grande atrativo, além do sabor, são os cristais que forma na garrafa, que dizem, são afrodisíacos.
Comer pequi além de saudável e agradável, é uma ciência, quase uma arte: a polpa macia e saborosa deve ser comida com cuidado, uma vez que esta cobre uma camada e terríveis espinhos, que, se mordidos fincam-se sem piedade na língua e no céu da boca, provocando dores irritantes e levando o infeliz ao hospital.
O sabor vale porém, o risco; além disso, com o tempo, qualquer um domina a técnica.

Fonte:http://www.uraonline.com.br/culinaria/culinaria_especial/culinaria_goiana.html

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